As notícias, que nos últimos dias chegaram até nós, impelem-nos à ação. Não podemos ficar indiferentes a crianças que morrem devido a negligência e maus-tratos parentais, nem a estados que são multados por desrespeito dos direitos humanos. Não é uma caça às bruxas que se pede. Não precisamos de culpados. Não precisamos de dedos a apontar nem de conselhos de algibeira.Precisamos, sobretudo, de antecipar isto tudo.
Precisamos de prevenir porque “a infância não se repete, fica para sempre”. Precisamos de apoiar porque, para ser pai e mãe, a intuição não basta. Não podemos deixar que em Portugal cresçam crianças sem infância. Temos que nos envolver. E não é só a “escola”, ou o “centro de saúde”. Não é a “rede institucional”. São as pessoas. É o professor e o médico e o vizinho e o senhor do café e da mercearia e toda a gente com quem nos cruzamos. Somos todos nós. Temos que nos envolver, temos que estar atentos, temos que passar a viver como pessoas que se preocupam com o bem dos outros. Isso sim, seria um bom avanço civilizacional.
Na Caminhos da Infância estamos a preparar uma nova campanha para abril, o mês internacional da prevenção do mau trato na infância. E connosco continuamos a ter muita gente. Contamos também com todos para, juntos, promovermos este trabalho de prevenção
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